sexta-feira, março 18, 2005

O Homem do capuz

Já sendo costume, o homem do capuz passeava
Por entre uma multidão, a dedo escolhia quem matava
Aqueles que não se questionavam,
É certo, não morriam,
Mas aqueles que o faziam
Com certeza que bem sofreriam.

Era impiedoso, a ninguém desculpava
Nem quer saber queria do que a pessoa pensava,
Contudo e no fundo,
As pessoas já sabiam,
Mas nunca perceberiam
Que num dia desapareceriam.



Até certa noite em que o homem do capuz para um espelho olhou
E logo ali de seguida se questionou ,
Porque assim era, e não de outra forma seria?
Errou! E agora o que lhe aconeceria?

"Como seria possivel isto acontecer?"
Mal o homem do capuz acaba de se aperceber
Que se tinha questionado,
Logo ali em fumo se tinha transformado...

(Isto para dizer que o homem do capuz ainda não morreu
Pelo menos sei que da minha cabeça ele não desapareceu
E o fumo, eu nunca o vi,
E ainda me lembro do que vivi.

Contudo até era bom que ele cá andasse,
Fazia com que eu nunca mais desesperasse...)

quinta-feira, março 17, 2005

O Outro Tipo de Sangue

Mato aquela pessoa
Tal como fiz da outra vez
Com força, convicção, vontade!
Abro-lhe primeiro a cabeça! Não! O peito tralvez...

Vivo com uma visão corada de sangue
Faço-o para que todos possam sentir
O paladar azedo do metal
E continuo a sorrir

Estou doente, eu sei,
E quero que todos também estejam
Aceitam-se mais pessoas neste mundo!
Senão vejam:

Sendo tu cego,
Queres alguém a descrever-te a beleza do planeta?
Daquilo que nunca verás?!
Fogo pá! Grande treta!

Ahh! O que querem de mim?!
Saiam daqui almas estranhas!
Deixem-me só!
Tomem! Levem-me as entranhas!

Há gritos no ar,
Cortei-te um dedo
Mas não vi o sangue da tua alma
Força, podes continuar a criar o enredo...

Frustrado pelo sangue
Ser sempre da mesma cor
Procuro outro tipo de sangue
Por entre gritos e dor!

quarta-feira, março 16, 2005

Ups... acho que pisei algo!...