O Outro Tipo de Sangue
Mato aquela pessoa
Tal como fiz da outra vez
Com força, convicção, vontade!
Abro-lhe primeiro a cabeça! Não! O peito tralvez...
Vivo com uma visão corada de sangue
Faço-o para que todos possam sentir
O paladar azedo do metal
E continuo a sorrir
Estou doente, eu sei,
E quero que todos também estejam
Aceitam-se mais pessoas neste mundo!
Senão vejam:
Sendo tu cego,
Queres alguém a descrever-te a beleza do planeta?
Daquilo que nunca verás?!
Fogo pá! Grande treta!
Ahh! O que querem de mim?!
Saiam daqui almas estranhas!
Deixem-me só!
Tomem! Levem-me as entranhas!

Há gritos no ar,
Cortei-te um dedo
Mas não vi o sangue da tua alma
Força, podes continuar a criar o enredo...
Frustrado pelo sangue
Ser sempre da mesma cor
Procuro outro tipo de sangue
Por entre gritos e dor!
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