quinta-feira, março 17, 2005

O Outro Tipo de Sangue

Mato aquela pessoa
Tal como fiz da outra vez
Com força, convicção, vontade!
Abro-lhe primeiro a cabeça! Não! O peito tralvez...

Vivo com uma visão corada de sangue
Faço-o para que todos possam sentir
O paladar azedo do metal
E continuo a sorrir

Estou doente, eu sei,
E quero que todos também estejam
Aceitam-se mais pessoas neste mundo!
Senão vejam:

Sendo tu cego,
Queres alguém a descrever-te a beleza do planeta?
Daquilo que nunca verás?!
Fogo pá! Grande treta!

Ahh! O que querem de mim?!
Saiam daqui almas estranhas!
Deixem-me só!
Tomem! Levem-me as entranhas!

Há gritos no ar,
Cortei-te um dedo
Mas não vi o sangue da tua alma
Força, podes continuar a criar o enredo...

Frustrado pelo sangue
Ser sempre da mesma cor
Procuro outro tipo de sangue
Por entre gritos e dor!