terça-feira, junho 07, 2005

O Vinho Púrpura

Côr púrpura,
Vinho sagrado.
Desta tortura,
Vinho abençoado.

Sabe a sangue,
Fresco que escorre.
Sabe a paixão,
Que morre.

Ouve os batuques,
Ouve os tambores.
Avisa quando
Começarem os tremores.

Traz-me até ti,
Até à tua porta.
Mas nunca me deixa entrar,
Mesmo que já estejas morta.

São os espíritos,
A entrar por ti
Não tentes perceber e,
Faz como eu: sorri.